Eu amo-te pelo que és
ou amo o que és porque te amo? Numa tentativa de ver o início
O ovo ou a galinha?
Numa curva do tempo
de duplo sentido. eu lembro-me de não seres belo
nem feio,
do teu nome não me soar bem
nem mal,
de olhar para ti na tua presença,
desvanecida na tua ausência. E ainda assim esses momentos
não aconteceram
como algo que acontece
Apesar de saber.
E ainda assim o nosso amor
não aconteceu
como algo que acontece
Apesar de sentir. Tu não és belo nem feio
Não enquadras em definições!
De zero a dez dou djrnrrkfnrifbwm. Continuo sem encontrar a tua palavra
como se eu soubesse a palavra do futuro
presa à língua que ainda não aprendi
no tempo em que escrevi o teu nome
aqui e na capa
que ainda não existe. A tua ausência
também deixou de existir. No momento presente
o momento ausente
é a resposta.
Inês Caeiro
Escritora e Autora do poema “Redenção“, “A Dificuldade de Dizer Olá” e “A Resposta”.
Imagem Por, Franciszek Żmurko, “In rapture” (National Museum in Warsaw)
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