Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
O meu coração vira cometa
De tanto charme que tu possuis
Invento um movimento
No momento, movi lento
Finto uma serpente
Como uma serpente
Como uma serpente
Labirintos na minha mente
Perdi-me no nevoeiro
Marinheiro ao desalento
Quatorze de Fevereiro,
Valentim sangrento
Do amor eis a guerra fria
Do zero, aos cem por cento
Escravo da ventania
Na Fantasia me acorrento
Rua Cor-de-Rosa
Eu estou na Pensão
Numa atracção hermosa
A roubar-te o coração
Enquanto o troco por uma rosa
Atraio a atenção
E a tensão nervosa
Carrega-se a nublosa
Navego no nevoeiro
Valentim
No quatorze de fevereiro
É o destino
Eu ser o teu cavaleiro
Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
A saudade me sufoca
E tu a excluis
Quatorze de Fevereiro
Quantum somos Física
Química e encanto-me
Filme como o Quentin
Tarantino
Vem ser o meu Valentim
E eu te ponho num Valentino
Txim-txim
Seis estrelas Michelin
É um restaurante fino
Gargalhadas sem fim
Mas a fita rebobino
E cresce, em mim, um frenesim
Sim
Quatorze de Fevereiro
E eu perdido no nevoeiro
Às voltas, sou um rafeiro
Procuro sentir o teu cheiro
Passeio no descapotável
Em uma hora, eis-te em Aveiro
Massagem nas tuas costas
Chama que exclama um bombeiro
Tratamentos de prima dama
Que nem lembra aos neos
Nuvens na cama
Porque tu és dos céus
Poética
É a nossa estética
Eu amo-te
Sem máscaras
Nem cartas
Eu amo-te
Contornos que me conduzem
Eu amo-te
Adornos que me seduzem
Eu amo-te
Os teus olhos até reluzem
Eu amo-te
Que as nossas almas se cruzem
Como os nossos…
Retrato pitoresco
Que inspiram
Novo espírito romanesco
Tu és uma fantasia
E eu sou fantástico
No São Valentim
À luz de velas
O nosso amor a inspirar
Futuras novelas
Tu és uma fantasia
E eu sou fantástico
Na mesa, servidos de caviar
Para a sobremesa
Contigo a remar
Como num luar, em Veneza
Tu és uma fantasia
E eu sou fantástico
Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
Quando emparelhas
A saudade, me excluis
Rosas são violetas
E comigo tu fluis
Rosas são vermelhas
Violetas são douradas
Como as tuas bochechas
Tam coradas
Rosas são violetas
Violetas são violentas
Rosas são poemas
Violetas são prosas
Atrozes as vozes
Violetas são violentas
Duas almas ferozes
E tu te atormentas
Sangue nas nossas rosas
O nosso amor é magenta
Sangue repleto de sódio
Eis a face que te afugenta
O nosso amor virou ódio
As flores já murcharam
Sangue nas nossas rosas
Quatorze de fevereiro
Valentim sangrento
Obra Por, Banksy, “NY Love”
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