A leitura sempre foi algo muito presente em toda a minha vida. Quando era criança, antes de aprender a ler, os meus pais liam-me frequentemente um livro antes de dormir. Quando entrei no ensino básico, fui sortuda por ter uma professora que incentivava à leitura, trazendo obras de autores portugueses que despertaram em mim uma enorme admiração pela literatura portuguesa. Anos depois, quando aventurei-me a ler a saga Twilight, a minha paixão apenas aumentou, e desde então ler/devorar calhamaços tornou-se uma espécie de hábito. Algumas coisas que me tem ajudado imenso e deixo como dicas são: I. Adicionar a leitura uma dose de introspeção para perceber que géneros literários despertam o teu interesse e te dão prazer em ler; II. Criar ou fazer parte de dinâmicas literárias, por exemplo, clubes de leitura; III. Estipular o número de páginas necessárias a ler diariamente, e; IV. Definir uma altura do dia em que tens tempo para ler, como por exemplo, ler um pouco antes de dormir.
Todos os pontos são importantes, mas foquemos por instantes no segundo. Juntamente com a Mariana Santos – alguém que também escreveu um artigo para o Jornal Digital – criei o Clube de Leitura, Wine Not Book Club. Conheci-a através dos livros e a ideia deste clube surgiu devido à nossa vontade de criar algo que nos ligasse e que permiti-se partilhar com os outros a dinâmica por detrás de ler um livro – para não falar da maravilhosa partilha de opiniões que surge nesta troca de ideias bastante enriquecedora. No Wine Not Book Club, escolher-se um livro por mês, dividindo-o por metas semanais, no fim de cada semana temos o ‘Spoiler Day’ em que falamos/opinamos sobre tudo o que aconteceu até então; no fim de cada mês temos uma discussão final em que fazemos a apreciação geral do livro e se este conseguiu atingir as nossas expectativas.
É um facto que não somos todos iguais, e devido a estas diferenças/diversidade de opiniões a interação que acontece neste clube torna-se em algo mais profundo e interessante. Acredito que os clubes de leitura, quando bem orientados, são bastante positivos e ajudam a tornar a leitura em algo mais divertido do que pensávamos outrora. O primeiro passo, como referido acima é, descobrir o género mais indicado para ti/teus interesses e fazendo isto a leitura rapidamente transformar-se numa atividade de lazer prazerosa invés de uma Hidra1A serpente da mitologia grega/romana de sete cabeças, abatida pelo herói grego Hércules.. Procura também fazer parte de um clube que vai de encontro aos teus gostos e cria um rotina que te ajude a alcançar os teus objetivos de leitura2Algumas sugestões de contas de Instagram para seguir com a possibilidade de Clubes de Leituras para participar são: ATUALEITURA (@atualeitura.rm); Catarina Azevedo (@mais_que_ler); Claudia & … Ler mais
Sendo uma bookstagrammer, a leitura faz parte do meu quotidiano. Consegui esste ano ler vários livros e houve alguns que me marcaram, sendo estes: “A Grande Solidão” por Kristin Hannah, um romance que retrata o amor e a violência doméstica; “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” por Taylor Jenkins Reid, a história de Evelyn Hugo (uma estrela de Hollywood fictícia) que decide dar a sua última entrevista, e; “A Sombra do Vento” por Carlos Ruiz Zafon, uma novela sobre os mistérios do coração e a magia dos livros. Estes livros conseguiram despertar em mim imensos sentimentos e absorveram-me completamente, ficando eternamente gravados na minha memória.
Por: Raquel Copeto (Criadora de Conteúdo)
Obra por William Merritt Chase, “Open Air Breakfast”
Notas de rodapé[+]
↑1 | A serpente da mitologia grega/romana de sete cabeças, abatida pelo herói grego Hércules. |
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↑2 | Algumas sugestões de contas de Instagram para seguir com a possibilidade de Clubes de Leituras para participar são: ATUALEITURA (@atualeitura.rm); Catarina Azevedo (@mais_que_ler); Claudia & Filipa (@twobestfriendsandbooks); Inês Sagres (@underthepages); Mariana Santos (@literarymillie); Raquel Copeto (@my_life_library_), e; Yolanda (@between_mypages). |
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