Além-mar
Seria bom poder tocar
A tua pele, ó Mar!
Poder sentir-te a florir
E debruçar-me sobre o teu sorrir…
Ó Mar, além de ti mais ninguém!
Ninguém quer ver a minha face
Que a ti me mantenho refém
Ó Mar… por ti, o meu choro tece!
Desassossego
O canto do passarinho
Escondido no beco da alegria
Perdido entre o azevinho
Num manto cego de euforia.
Voltado para o céu,
Uma leve brisa o levou
Como o vento que leva um chapéu
Um novo destino se levantou.
Um desassossego em mim se ergueu
Acordando sob uma ansiedade tremenda
Procuro a chave para o que era meu.
Dois estranhos encontraram o que procuravam
Sem querer o quiseram
Agora não existe nenhum Eu a quem chamar de amor.
Imagem Por, Vincent van Gogh, “Irises [Les Iris]” (J. Paul Getty Museum)
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