Casa vazia
Memórias esquecidas.
Camas quebradas,
Canos pingando água,
Janela obstruída.
O silêncio preenche a sala,
Quadros pintados de mágoa,
Retratos de família que não condiziam
Com as paredes que ouviam.
Teto rachado,
Perfume de tabaco,
Porta marcada com facas
E lavabo cujo os choros ecoavam.
Vizinhos mal humorados,
Vizinhos de bom grado,
O som da meia noite
Emitia lindos horrores.
Portas abriam de madrugada,
Permitiam a fuga
Dos que já não aguentavam.
Era difícil a porta se fechar,
Após tantas batidas de raiva
Essa recusava-se a funcionar.
Alma sem lar,
O lar era a alma…
Ainda sim, sempre será
A minha casa.
Aluna da Escola Secundaria D. Maria II
Imagem Por, Edward Hopper, “The House by the Railroad” (The Museum of Modern Art)
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