Sentado, no café defronte do meu apartamento,
Lembro-me de memórias da minha vida.
Brinquei, em tempo, com amigos, irmãos e primas,
Mas hoje apenas resta em mim uma profunda nostalgia;
Com os olhos, que há tempos ainda conseguiam conter lágrimas, choro
Por saudades de uma infância que nunca tive.
Contendo as lágrimas dolorosas,
Lembro-me dos amores falhados da minha adolescência;
Como romântico que fui outrora, imensos foram os corações que parti
E amei perdidamente como se não houvesse o amanhã,
Ainda assim, sei que não fui mais que uma simples alma descontente,
Que, para combater a solidão e a tristeza, refugiou-se em sonhos de grandeza.
Hoje, na fase de decadência, questiono-me mais sobre a existência de Deus,
Não tarda transformar-me-ei em pó que a terra retornará,
Portanto, nada mais me resta a não ser agradecer no leito da minha morte,
Pela vida que tive e proferir como últimas palavras o dito:
Quanto mais se sabe, mais se sofre.
Imagem Por, Vincent van Gogh, “Café Terrace at Night [Caféterras bij nacht]” (Kröller-Müller Museum)
Também Gostarás:
- Espelho que Acomoda Plasticidade do Corpo O espelho acomoda a plasticidade do meu corpo, Atribui à carne a sua ultima finalidade...
- Sobre Viver Já se passaram seis anos, não é, nem nunca foi fácil, ainda hoje choro quando me lembro dos danos, da...
- Poesia Minha Aficionada Poesia, minha aficionada, paixão derreada pelo cansaço de alma lastimada....
- Tempo Permitir que o vejamos como um algo maleável é uma trapaça mal disfarçada à mente...
Mais
Ode a Poesia
A poesia é a minha companhia, acompanha-me noites fora quando o corpo implora descanso, mas a mente não se cansa, ouve-me com atenção
Ode a Ti
Achavas que sabias amar, mas nem sempre te amaste. Confiaste em muitos, mas muitas vezes desconfiaste de ti.
Três Poemas de Amor, Loucura e Homens que Choram
No seio da loucura nós amamos e depois choramos, trazemos três poemas, pois, afinal somos homens e mulheres que choram, amam e enlouqueceram.
Valentim Sangrento
O nosso amor virou ódio, as flores já murcharam. Sangue nas nossas rosas, quatorze de fevereiro valentim sangrento.
Quatro Textos de Amor
Celebrando o belo sentimento do amor temos dois poemas escritos pelo Pedro Amaral e dois textos de prosa poetica escritos pela Carolina Cruz.
Esperei Por Ti
Do nascer do sol ao pôr do sol, eu esperei por ti. Como se fosse uma árvore que não saía do sítio. A diferença é que eu não florescia.