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Sentado, no café defronte do meu apartamento,
Lembro-me de memórias da minha vida.
Brinquei, em tempo, com amigos, irmãos e primas,
Mas hoje apenas resta em mim uma profunda nostalgia;
Com os olhos, que há tempos ainda conseguiam conter lágrimas, choro
Por saudades de uma infância que nunca tive.

Contendo as lágrimas dolorosas,
Lembro-me dos amores falhados da minha adolescência;
Como romântico que fui outrora, imensos foram os corações que parti
E amei perdidamente como se não houvesse o amanhã,
Ainda assim, sei que não fui mais que uma simples alma descontente,
Que, para combater a solidão e a tristeza, refugiou-se em sonhos de grandeza.

Hoje, na fase de decadência, questiono-me mais sobre a existência de Deus,
Não tarda transformar-me-ei em pó que a terra retornará,
Portanto, nada mais me resta a não ser agradecer no leito da minha morte,
Pela vida que tive e proferir como últimas palavras o dito:
Quanto mais se sabe, mais se sofre.

Pedro Manuel Amaral

Fundador e Diretor do Amaral Media Publications

Imagem Por, Vincent van Gogh, “Café Terrace at Night [Caféterras bij nacht]” (Kröller-Müller Museum)

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