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V de Vendetta
Pouso o chapéu
Pausa a paleta

V de Vendetta
Alerta negro
Cousa tá preta

V de Vendetta
Vê-me a vender
Vento na pirueta

V de Vendetta
Hora de cortar a mão
A quem foi forreta

Tipo espadachim
Eu estou assim
E corto o ar
Zás

Tipo espadachim
Faz-se o txim-txim
E estou atrás
De ti

Tipo espadachim
Te assino o fim
Um corpo jaz
Sem rim

Tipo espadachim
Eu luto o crime
Pela paz
Em mim

V de Vendetta
Cara tapada
Com a careta

V de Vendetta
Carrego o prémio
Nessa maleta

V de Vendetta
I de Ilusione
Bottega Veneta

V de Vendetta
E corto-te como o corte
Da silhueta

Eu sou vigilante
Levanto o Inferno
E não é o de Dante

E eu estou cortante
Garganta em risco
É num instante
Zás

Tipo espadachim
Eu estou assim
E corto o ar
Zás

Tipo espadachim
Faz-se o txim-txim
E estou atrás
De ti

Tipo espadachim
Te assino o fim
Um corpo jaz
Sem rim

Tipo espadachim
Eu luto o crime
Pela paz
Em mim

V de Vendetta
Chegou a hora
Fartei da treta

V de Vendetta
Agora não chores
Toma a chupeta

V de Vendetta
V de voltei
Do meu planeta

V de Vendetta
V de vinguei
Virei um cometa

V de vampiro
E puxo a tinta
Pela minha caneta

V de Vendetta
Vingança
Vim para vingar
A criança
Vim para virar
A balança
Vim para avivar
A esperança
Vim para parar
A matança
Cortando o Mal
Que ao povo tão cansa

Tipo espadachim
Eu estou assim
E corto o ar
Zás

Tipo espadachim
Faz-se o txim-txim
E estou atrás
De ti

Tipo espadachim
Te assino o fim
Um corpo jaz
Sem rim

Tipo espadachim
Eu luto o crime
Pela paz
Em mim

V de Venshhhhhhhh

EXTENSÃO

Relembro, relembro
No quinto de Novembro
Rebento, sem tento
Como a rolha da cortiça

Viramos o Governo
Não toleramos injustiça
E a ela pomos um termo

Relembro, relembro
Ao padre, a missa
No quinto de Novembro
Não será submissa
E virará o Governo
A nação, com força maciça

Relembro, relembro
A minha missão
No quinto de Novembro
Acender a Revolução

MONÓLOGO

“Voilà! À vista, um humilde veterano vaudevilliano, apresentado vicariamente como ambos, vítima e
vilão, pelas vicissitudes do Destino. Esta visagem, não mero verniz da vaidade, é ela vestígio da
vox populi, agora vacante, vanescida, enquanto a voz vital da verossimilhança venera aquilo que
uma vez vilificaram. Entretanto, esta valorosa visitação de uma antiga vexação, permanece
vivificada, e há votado por vaporizar estes venais e virulentos verminados vanguardeiros vícios e
favorecer a violentamente viciosa e voraciosa violação da volição. O único veredito é a vingança,
uma vendeta, mantida votiva, não em vão, pelo valor e veracidade dos quais um dia deverão
vindicar os vigilantes e os virtuosos. Verdadeiramente, esta vichyssoise de verbosidade vira mais
verbose vis-a-vis uma introdução, então é minha boa honra conhecer a si e pode me chamar de V.”

Isaac Jaló

Imagem, David Lloyd, Capa da Banda Desenhada ‘V For Vendetta’

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