Agarraste na minha mão.
Quase te perguntei o que estavas a fazer.
Não estava habituada a um toque tão terno, como a tua mão na minha.
Não foi só por agarrares. Agarraste com força, como se não quisesses deixar-me fugir.
Será que não queres?
Não acredito.
Largam sempre a minha mão, no exato momento em que os meus sentimentos já são maiores. Quando o amor já ronda aquele espaço. É a altura em que largam.
Larguei-te a mão, para não seres tu a largar a minha quando te começasse a amar.
Voltaste a agarrá-la, enquanto os teus olhos incendiavam os meus.
Desviei-os porque o meu coração ia saltar-me do peito.
Entrelaçaste os nossos dedos.
O meu corpo congelou.
O que é suposto fazer agora?
— Só tens de amar. — disseste.
E eu fiquei presa ali.
No “só”. Amar… nunca é “só”. É tanto.
Imagem Por, Frank Bernard Dicksee, “The End of the Quest” (Leighton House Museum)
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