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Nas areias da ampulheta,
Vemos o tempo fugir,
Sempre com o fim à espreita
A aguardar para surgir.

Damos como certo o futuro
Sem preocupação com o presente,
Para mais tarde perceber
Que o futuro virou passado subitamente.

Nesta corrida descontrolada
Perdemos variadas vezes a noção
De que com tudo não somos nada
E sem nada valorizamos o coração.

Quando atingimos este “nirvana”
E percebemos o realmente importante,
Esquecemos a vida mediana
E dedicamo-nos ao relevante

Despimo-nos do materialismo
Para cuidar do imaterial
Virando as costas ao abismo
Do mundo superficial.

E quando a nossa vida ficar completa
E olharmos para o passado
Vemos que as areias da ampulheta
Foram um caminho abençoado.

Por: Vitor Hugo Santos (Escritor e Autor da obra “Turbilhão de emoções”)

Imagem Por, Philippe de Champaigne, “Still-Life with a Skull” (Musée de Tessé)

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