|| ◷ Tempo de leitura: < 1 Minuto ||

As areias vão se arrastando
contra o meu desejo e vontade
Vou-me agoniando
envolvido nesta saudade
Na vontade contínua de querer congelar
Viver o que já vivi
Agarrar as memórias e a sina que insiste em escapar
Na fuga entre os meus dedos
No medo de estar
Na vontade contínua de não ter que chorar
De ter que me preocupar

As areias vão me arrastando
na efemeridade desta sorte
agarrado à dor de perder e não ter
Vou-me deixando
perdido neste não estar
Nesta vontade de agarrar
Nesta necessidade de me atentar.

Filipe Santos

Escritor

Imagem Por, Caspar David Friedrich, “Neubrandenburg in the morning mist [Neubrandenburg]

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Previous post Como se Fosse a Primeira Vez
Next post Cartas