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“As pessoas não são como tu as queres
São como elas são”
Já dizia a Clara não
E eu dou-lhe razão.

Quantos se desiludem
Por esperarem de alguém
Tudo o que dela querem
E não tudo o que pode dar

Quantos se apaixonam
Pela ilusão da paixão
Amando a ideia de alguém
Que nem sabem quem é

Quantos se alegram
Ao chamarem esperança
À cega ideia
De um futuro em questão

Quantos dizem saber quem são
Quando fingem ser outro alguém
Que deles próprios diz tudo
Menos tudo o que são realmente

Quantos vivem numa ilusão constante
Esperando da vida tudo
Menos o que ela promete dar
Julgando que por sobreviver estão a viver

“As pessoas não são como tu as queres
são como elas são”.
A vida não é o que esperas dela
É o que fazes nela acontecer.
Tu não és aquilo que dizes ser
És quem fazes por ser.

Vitória Ferreira

Autora dos livros “Será que te amo?“, “Será Contigo?” e “Helena, A Hiena“. E escritora dos textos “Ano Novo, mas… Vida Nova?“, “Onde tudo se sente, sabendo sentir” e “Aniversário

Imagem Por, Odilon Redon, “Butterflies” (Museum of Modern Art)

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