Tenho
Tenho um coração de passarinho
Encolhido
Recolhido
No ninho
Tenho
Tenho um coração de passarinho
Ora tomba para um lado
Ora vai em contramão
Ora bate fraco
Ora fortemente bate
E é quando pulsa com toda a força
Que ele quer sair pela boca
Fico zonza
Caio em mim
Presa num lugar
Sem fim
Fico louca
Por ninguém
Não há para onde queira olhar
Não há com quem queira estar
E a cabeça descai
Cai para o lado
Cai o corpo todo
Nu e pesado
Cai do poleiro
Zonza
Sozinha
No mesmo ponto
É o fundo de um poço
É o fundo de um poço azul…
Lá ao fundo
Os olhos fechados
Já mal se abrem
Imagem Por, Bruno Liljefors, “Common Swifts [Tornseglare]”
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