|| ◷ Tempo de leitura: < 1 Minuto ||

Da chuva invejo,
aquela que tua pele sente,
aquela que estava mais adjacente
do que estas minhas mãos desejosas.

Cobiço o vento,
aquele que sobre as tuas roupas dança,
que onde, como por uma insegurança,
a minha sombra não pode achar aposento.

Nas noites de lamentos
por aquelas que não passei contigo,
suspeitando alguém que encontrou abrigo
e que te afastou os tormentos.

Ódio do amor,
que em nós foi guardado
e agora partilhado
com um, sem rancor.

Afundando-me na areia
observo-te escapar,
imploro para mais um dia acordar
e me refugiar nesta cadeia
onde eu basta chorar.

Que o mundo te dê o melhor
sem destroços para perdoar.
Acreditei que um dia poderias voltar
anunciando um coração cheio de dor.

É difícil para mim
a inveja admitir
quando me fizeste descobrir
como és feliz assim…
…sem mim…

Mariana Cruz

Estudante participante do Projeto Poesia & Prosa nas Escolas. Autora do artigo “Reflexão sobre a Felicidade“ e texto literário “O Que Eu Preciso

Imagem Por, Maxfield Parrish, “Seated woman”

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Imagem de Amadeo de Souza Cardoso que neste caso celebra a cultura e arte portuguesa neste dia 10 de junho (dia de Portugal) Previous post Epopeia da Arte Portuguesa
Imagem por Dave McKean inittulada "Sandman" Next post Canção de Sonho 29, de John Berryman