Da chuva invejo,
aquela que tua pele sente,
aquela que estava mais adjacente
do que estas minhas mãos desejosas.
Cobiço o vento,
aquele que sobre as tuas roupas dança,
que onde, como por uma insegurança,
a minha sombra não pode achar aposento.
Nas noites de lamentos
por aquelas que não passei contigo,
suspeitando alguém que encontrou abrigo
e que te afastou os tormentos.
Ódio do amor,
que em nós foi guardado
e agora partilhado
com um, sem rancor.
Afundando-me na areia
observo-te escapar,
imploro para mais um dia acordar
e me refugiar nesta cadeia
onde eu basta chorar.
Que o mundo te dê o melhor
sem destroços para perdoar.
Acreditei que um dia poderias voltar
anunciando um coração cheio de dor.
É difícil para mim
a inveja admitir
quando me fizeste descobrir
como és feliz assim…
…sem mim…
Mariana Cruz
Estudante participante do Projeto Poesia & Prosa nas Escolas. Autora do artigo “Reflexão sobre a Felicidade“ e texto literário “O Que Eu Preciso“
Imagem Por, Maxfield Parrish, “Seated woman”
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