Vai Até ao Limite da Tua Saudade, de Rainer Maria Rilke
Essas palavras nubladas, são: Enviado pelos teus sentidos, vai até ao limite da tua saudade; dá-me roupagens.
Não Acenando, Mas Afogando, de Stevie Smith
Ninguém o escutou, o homem morto, Mas ele continuava a lamentar-se. E não estava a acenar, mas a afogar-me.
O Caminho Não Escolhido, de Robert Frost
Dois caminhos se separavam em um bosque amarelo, e lamentando não poder seguir os dois muito tempo eu fiquei parado.
O Primeiro Beijo, de Tim Seibles
O beijo dela doeu assim — quero dizer, foi como se ela tivesse misturado o suor de um anjo com o sabor de uma tangerina.
Canção de Sonho 14, de John Berryman
A minha mãe dizia-me em miúdo (repetidamente) “Nunca confessar que se está aborrecido significa que não tens recursos interiores”
Canção de Sonho 29, de John Berryman
Sentou-se, uma vez, algo no coração do Henry tão pesado, se ele tivesse cem anos ele não poderia fazer o bem
Cântico Negro, de José Régio
Vem por aqui – dizem-me alguns com olhos doces, estendendo-me os braços. De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem, vem por aqui!
O Inferno é um Lugar Solitário, de Charles Bukowski
Ele tinha 65, a sua mulher tinha 66, estava com Alzheimer. Ele tinha câncer de boca. Houveram operações e tratamentos radioativos
Dois Poemas em Inglês, de Jorge Luis Borges
A inútil alvorada encontra-me em uma esquina deserta; sobrevivi à noite. As noites são ondas orgulhosas; ondas de pesada crista azul-escura
Se Me Esqueceres, de Pablo Neruda
Quero que saibasuma coisa. Sabes como é:se olhoa lua de cristal, o ramo vermelhodo lento outono à minha janela,se tocojunto...
Carta de Amor, de José Régio
Ouve-me! Se é que ainda me podes tolerar. Neste papel rasgado das arestas da minh’alma. Ai! As absurdas intrigas que te quisera contar!
Se, de Rudyard Kipling
Se podes conservar o teu bom senso e a calma no mundo a delirar para quem o louco és tu… Se podes crer em ti com toda a força de alma