Queremos ser tudo…
Estamos cansados, exaustos,
Mas não nos permitimos descansar,
Afinal, ainda há tanto a fazer.
Queremos ser tudo,
Mas deixámo-nos acompanhar
Por quem nos rouba sempre mais um pouco.
Queremos fazer tudo,
Mas não fazemos por completo,
Não há tempo para tudo,
Mas fazemos sempre mais um pouco.
Queremos fazer tudo,
Mas como a vida não perdoa
E o tempo não volta atrás
Deixamos o que amamos para trás.
Talvez não sejamos capazes…
Mas o “talvez” não faz parte do vocabulário
Ou é tudo,
Ou nada.
Mas e se continuarmos a esgotar o tudo?
O que nos resta senão nada?
O que nos resta…
Se nos perdermos na imensidão de caminhos,
Se não soubermos escolher uma opção,
Se nos deixarmos levar e ninguém nos encontrar?
O que nos restará se não o nada,
Se continuarmos a correr sem lembrar de respirar?
Vitória Ferreira
Autora e escritora dos textos “Poema ao Espelho“, “Palavras… Que Palavra Mais Peculiar” e outros textos.
Imagem Por, Georges Seurat, “The Can-Can [Le Chahut]” (Kröller-Müller Museum)
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