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Comboios frenéticos rasgam-me ao meio
Sou corrompida por uma enorme vontade de simplesmente desaparecer!
Desaparecer para sempre.
Ser levada numa viagem astrológica e muito pouco convencional.

Porque sempre fui mais feliz a ver as folhas das árvores a cair no inverno
do que a ver as flores da primavera a desabrochar lentamente.
Porque sempre preferi desobedecer aos ensinamentos de um deus que não reconheço.
Corpo inanimado deitado no chão.

Sangro noutras pessoas porque já sangrei em mim.
Deixo que me tomem nos braços enquanto paro de respirar.
Fecho os olhos na partida,
Deixo-me levar alegremente, escondendo as cicatrizes, do que fica mesmo quando já não somos
carne e osso.

Margarida Carvalho

Redatora de Crítica, Sociedade e Cultura no ComUM. Autora do poema “Triste Madrugada” e “Libertação”

Imagem Por, Nigel Van Wieck, “After the Gig

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