Enquanto te aninhavas no meu colo,
Protegia com as minhas mãos
As marcas vermelhas, ensanguentadas,
Do teu corpo.
Quis ser bálsamo e tirar-te
A dor que pulsava no teu corpo,
Como uma ferida aberta e latejante.
Sabia que mais do que as marcas do corpo,
Na tua alma,
Aquele sítio que não se vê,
Mas também chora e grita,
Estaria um oceano de emoções;
Da revolta à apatia,
Do nojo ao delírio.
Envolvo-te,
Nos meus braços,
No meu peito há facas
Que me dilaceram.
Sinto as pernas fracas,
Mas uma força,
Vinda, não sei de onde,
Embala-me,
Enquanto eu te embalo a ti.
Contigo,
Nos meus braços,
Sinto o pico da adrenalina
Que me fez ter força para te libertar
Do monstro,
Entrar em confronto,
Com a vontade que tenho
De voltar a ter uma vida feliz!
Imagem Por, Antonio Ambrogio Alciati, “The kiss”
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