Ao avistarmos a velhinha Sintra, calcorreamos a calçada e vamos admirando casas, casinhas e chalets.
Cada azulejo, cada pedra e recanto tem secretas histórias para contar.
Histórias de nobreza e reis, até ao simples povo que arduamente trabalhavam nestes locais.
As casas fechadas escondem nas suas profundezas, lendas e episódios póstumos.
Os jardins singelamente pintados de verdes, aqui e acolá, aquarelam romanticamente de muitas outras cores, desde o singelo branco das camélias ao escarlate das bagas dos azevinhos que espreitam aqui e além.
O nevoeiro denso confere uma magia especial à vila. Escadas, lugares recônditos e sombrios, poetisam amores escondidos.
O musgo nas pedras do Castelo dos Mouros encobrem os sons metálicos das espadas em lutas de outros tempos.
No Palácio da Pena, o romantismo impera, as cores apesar de vivas apelam ao recolhimento e ao intimismo.
Quem passa pelos caminhos do Monte da Lua, vislumbra a plenitude da natureza, que esconde pequenos tesouros como violetas selvagens, entre outros tesouros naturais.
Todos os lugares são plenos de uma aura de sentimentalidade, deixando no coração de quem lá passa, uma raiz pequenina, que vai crescendo alimentando- se de saudade.
Quem vai a Sintra, sente uma inspiração absoluta, observa um majestoso postal ilustrado, ouve um poema idílico e enigmático, numa complexidade plena de sentimentos, difíceis de alguma vez se esquecer.
Sandra Monteiro
Autora e Escritora dos textos “A Solidão de Nevena”, “Calcei os teus sapatos“, “Uma Vida de Teatro“ e “O Verão com Sabor a Amoras…“
Imagem, Eduardo Viana, “Paisagem de Sintra” (Palácio de Belém)
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