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Lembro-me de tudo o que aconteceu ao longo do ano.

Lembro-me das viagens que fiz, do que escrevi, do que vi, do que vivi e do que aprendi.

Lembro-me do cheiro dos cozinhados que deram para o torto e daqueles que correram bem.

Lembro-me de todos os risos, de todas as lágrimas, de todos os minutos de gratidão e de todos os minutos de medo.

Lembro-me de todas as decisões que tomei e daquelas que ficaram por tomar. Dos medos que foram ultrapassados, das certezas, das dúvidas, das angústias.

De todos os abraços apertados, de reencontro, de carinho, de amizade. Abraços só por abraços, porque quando não há palavras, há abraços que dizem tudo.

Lembro-me de estar ali, naquele lugar tão importante para mim e de em silêncio pegares na minha mão e levares-me para ainda mais perto. Tão perto como nunca tinha estado, quase ao ponto de poder tocar no infinito. Lembro-me de ter chorado, do calor da tua mão a apertar a minha e do silêncio.

Não me lembro de quanto tempo ficámos ali, mas sei que não falámos durante muitos minutos. Mas lembro-me de regressar à vida, de olhar para ti e em volta perceber que todos nos olhavam em silêncio. Continuas-te em silêncio e eu também. Não havia mais palavras por dizer. Estava tudo dito.

Lembro-me de ter vivido devagar, mas percorrido o ano com passos firmes.

E é isso que desejo para o novo ano: continuar a dar passos firmes, abraços apertados de amizade, reencontro e perdão. Mas também de alegria e renascimento.

Monica Guerra

Escritora e Autora das obras “Inverno”, “Primavera”, os textos “O Capitão“, e “A Uma Semana do Natal

Imagem Por, Pharamond Blanchard, “Fireworks [Feuerwerk]

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